quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pedro Taques considera excelente os resultados da pesquisa Ibope


O pré-candidato ao Senador e ex-procurador da República, Pedro Taques (PDT), em entrevista ao Olhar Direto, afirmou considerar excelente os resultados da pesquisa de intenção de votos ao Senado do Ibope, divulgada neste sábado (8) pela Rede Globo, através de sua afiliada em Mato Grosso, a TV Centro América. Os dados apontam Taques em quarto lugar, com 9% das intenções de voto.

“Para mim, esse resultado é excelente. Cresci quase 10 pontos em pouco menos de um mês. Até outro dia eu ainda não era candidato a nada”, afirma Taques, analisando que, neste momento, o crescimento deve ser avaliado antes da colocação entre os outros pré-candidatos.

O ex-governador Blairo Maggi (PR) aparece na liderança absoluta, com 75% das intenções de voto dos entrevistados. Em segundo lugar, o levantamento aponta Antero Paes de Barros (PSDB) com 35%. Carlos Abicalil (PT) aparece em terceiro com 24% e Pedro Taques (PDT) em quarto com 9%. Votos brancos e nulos somam 3% e não souberam responder, 11%.

A pesquisa, de modalidade estimulada, entrevistou 812 pessoas entre os dias 1º e 04 de maio. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número 10.612/2010.

Zé Reinaldo enumera erros do Ibope no Maranhão



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PolíticaZé Reinaldo enumera erros do Ibope no Maranhão
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30 de agosto de 2010 às 08:46
Índice da edição - Agosto Índice Texto anterior - Zé Reinaldo diz que Roseana cairá nas pesquisas com início da propaganda eleitoral Texto Anterior | Próximo Texto Texto Anterior

O candidato a senador pelo Maranhão, ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), criticou a pesquisa do Ibope e comparou o cenário atual ao de 2006, quando os números divulgados em todas as rodadas de pesquisas feitas pelo mesmo instituto apontaram vitória de Roseana Sarney em primeiro turno. A eleição foi decidida em segundo turno e a filha de Sarney foi derrotada por Jackson Lago (PDT). A pesquisa de intenção de votos para governador do Maranhão, realizada pelo Ibope, foi divulgada na sexta-feira, 27, pela TV Mirante, de propriedade da família Sarney.

“Vamos votar no Flávio Dino que é candidato a governador e vai vencer as eleições. Porque ela (Roseana Sarney) só cai e só Flávio cresce. Em 2006, o Ibope colocava: ‘Roseana ganha em 1º turno com 70%. Olha o desespero, vão colocá-la lá em cima e o Flávio lá em baixo. Mas é mentira, não acreditem. É essa brincadeira que atrapalha o Maranhão”, criticou o ex-governador.

Zé Reinaldo citou o extenso histórico de erros do Ibope nos prognósticos eleitorais no Maranhão. Nas eleições para governador do Estado, em 2006, o Ibope também foi contratado pela TV Mirante para avaliar o cenário das intenções de voto no Maranhão. Todas as pesquisas foram desmentidas pelas urnas.

Uma delas, publicada por “O Estado do Maranhão” em 14 de agosto daquele ano, afirmava que “70% dos maranhenses dão como certa vitória de Roseana Sarney”. Jackson Lago (PDT), eleito governador no segundo turno daquele ano, aparecia com tímidos 12% dos eleitores.

CNI/Ibope: Dilma lidera pesquisa pela 1ª vez com 40%




Pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) divulgada nesta quarta-feira, 23, mostra a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, pela primeira vez na liderança das intenções de voto. A ex-ministra da Casa Civil alcançou 40% da preferência do eleitorado, enquanto o candidato José Serra (PSDB) recebeu 35% e Marina Silva (PV) ficou com 9%, considerando apenas os três principais candidatos.

Já em um cenário com 11 candidatos, Dilma lidera com 38,2% das intenções de voto, Serra marcou 32,3% e Marina tem 7%. Na última pesquisa Ibope, divulgada no dia 5 de junho, Serra e Dilma apareciam empatados com 37% e Marina com 9%.

A candidata petista também aparece à frente em um possível 2º turno, com 45% das intenções de voto contra 38% de Serra, segundo a pesquisa CNI/Ibope. Caso a disputa fosse entre Dilma e Marina, a ex-ministra da Casa Civil teria 48%, contra 11% para a candidata do PV.

O levantamento CNI/Ibope realizado entre os dias 19 e 21 deste mês com 2.002 pessoas em 140 municípios registra ainda que os votos brancos e nulos somam 12% do eleitorado. Não responderam 8% dos entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

*Com informações da Agência Estado e Agência Brasil.

Ibope: Wagner mantém liderança; veja também disputa pelo Senado e análise



O governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, mantém sua liderança na disputa pelo Palácio de Ondina segundo pesquisa de intenção de voto Ibope divulgada na noite desta sexta-feira (10) pela TV Bahia.

Wagner continua com chances de vencer no primeiro turno

Wagner aparece com 49%, muito à frente do segundo candidato, Paulo Souto (DEM), que tem 15%, e do terceiro, Geddel Vieira Lima (PMDB), com 12%. Com a margem de erro, Wagner pode ter entre 46% e 53%, o que faria com que vencesse no primeiro turno.

Com 1 ponto percentual, dividem a quarta colocação Luiz Bassuma (PV) e Marcos Mendes (PSOL). Brancos e nulos somam 7% e indecisos são 16%. Carlos Nascimento (PSTU) e Sandro Santa Bárbara (PCB) não pontuaram.

Wagner manteve a vantagem apontada pela pesquisa Ibope em 27 de agosto. Já Paulo Souto caiu de 18% para 15% e tem, considerando a margem de erro, entre 12% e 18%. Geddel manteve seus 12% e, considerando a margem de erro, tem entre 9% e 15%. Luiz Bassuma e Marcos Mendes estão entre não pontuar e chegar aos 4%, segundo o Ibope.

Senado
O Ibope também ouviu os eleitores sobre os candidatos ao Senado. Três deles aparecem tecnicamente empatados, considerando a margem de erro: César Borges (PR), ainda é o líder, com 29%, seguido por Walter Pinheiro (PT), com 27%, e Lídice da Mata (PSB), com 26%).

Mais atrás aparecem José Ronaldo (DEM), com 14%, Edvaldo Brito (PTB), com 7%, José Carlos Aleluia (DEM), com 7%. Edson Duarte (PV) e Carlos Sampaio (PCB) marcaram os dois 2%. Com 1% aparecem Zilmar (PSOL), Luiz Carlos França (PSOL) e Albione (PSTU). Brancos e nulos somam 15% e indecisos são 16%.

Este ano a Bahia tem duas vagas para o Senado, que ficariam, se a pesquisa se confirmar, com César Borges e Walter Pinheiro.

Comentário do Portal:

A eleição para o governo do estado mostra uma consolidação de Wagner, um ligeiro crescimento de Geddel e uma queda de Souto. Na reta final da campanha, possa ser que agora, finalmente, comece a se desenhar aquilo que os peemedebistas tanto apregoam: a ultrapassagem de Geddel sobre Souto, inclusive com margem suficiente para provocar o segundo turno. “Eleição e mineração, só depois da apuração”, já dizia o velho Tancredo Neves.

A principal novidade desta pesquisa para o Senado foi o crescimento de José Ronaldo, quando muitos apostavam mais em Aleluia pela sua estrutura de campanha e o enfrentamento corajoso que vem fazendo em relação aos seus adversários, inclusiva da disputa ao governo.

Vale registrar também o fôlego de César Borges, que se manteve na frente, apesar das ameaças de Lídice e Pinheiro desde o levantamento anterior.

Do site Interior da Bahia

Encarregado do Ibope pediu R$ 1 milhão para fraudar pesquisa, diz senador




O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) classificou como “criminoso” e “preocupante” o objeto da denúncia feita pelo senador Papaléo Paes (PSDB-AP). Papaléo afirmou que um encarregado do Ibope teria oferecido a manipulação do resultado das pesquisas ao coordenador de campanha de um dos candidatos ao governo do Amapá. A fraude custaria R$ 1 milhão e abrangeria todas as pesquisas até o segundo turno. A oferta foi gravada.

“O senador Papaléo Paes ligou para o Dr. Montenegro, que é o dono do Ibope. O Dr. Montenegro disse que era uma empresa terceirizada que eles contratavam em Belém para fazer a pesquisa no Amapá. Essas pesquisas agora começam a me deixar, digamos assim, completamente incrédulo. Ora, se isso acontece no Amapá, o que não estará acontecendo, por exemplo, em Roraima?”, questionou Morazildo, na última quinta-feira, dia 2, da tribuna do Senado.

O senador observou que em Roraima o Ibope também apresentou pesquisas “um pouco preocupantes”. Ele lembrou que na campanha eleitoral de 2006, as pesquisas do Ibope sempre apresentavam sua adversária na frente. Somente às vésperas da eleição, ela apresentou uma leve vantagem sobre Mozarildo, que venceu a eleição com 13% de vantagem.

Mozarildo disse que chegou à conclusão de que a pesquisa de Roraima é manipulada, pois, de repente, o atual governador, que sempre esteve atrás nas pesquisas, apareceu na penúltima pesquisa com empate numérico (41% a 41%) e na pesquisa mais recente, já aparece com 6 pontos à frente do adversário. Ele fez um apelo a Montenegro que dê explicações sobre o caso, porque as pesquisas têm uma influência muito grande sobre o eleitor indeciso.

O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) disse que na Paraíba não é diferente. Para ele, o problema está na terceirização porque não existe co-responsabilidade e as discrepâncias só aumentam. Ele defendeu o aprimoramento da veracidade dos institutos de pesquisa. O senador Augusto Botelho (sem partido-RR) lembrou que, durante a campanha eleitoral, os seus eleitores reclamaram que o seu nome não aparecia nos formulários dos pesquisadores do Ibope.

Vespeiro

Mozarildo também reiterou denúncias feitas sobre o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, em relação a estradas, dívidas e o uso irregular do avião do governo do estado. Segundo o senador, o governador estaria utilizando o avião para viagens particulares de lazer. Ele disse que, nos próximos dias, apresentará uma lista completa dos vôos realizados pelo governador, fornecida pela Infraero, e pedirá uma investigação.

“O nosso estado está se transformando nesse esquema em que uma quadrilha quer dominar tudo, a política, alguns setores de empresas e, ao mesmo tempo, ameaçar quem ouse se contrapuser a ele. Coincidentemente, ontem o meu escritório recebeu dois telefonemas de pessoas, que não se identificaram, dizendo que eu me cuidasse, porque eu estava mexendo em um vespeiro”, assinalou.

O senador solicitou ao Senado que lhe fornecesse o serviço de segurança durante a campanha eleitoral em Roraima.

Da Agência Senado

Instituto Houaiss aponta Wilson com 32%, JVC com 30% e Silvio com 27%

O Instituto Antonio Houaiss divulgou ontem nova pesquisa estimulada para governador. A sondagem traz o governador Wilson Martins (PSB) na liderança com 32,2% das intenções de voto. Segundo o Jales, o senador João Vicente Claudino (PTB) aparece com 30,8% da preferência do eleitorado, à frente do tucano Silvio Mendes, que tem 27,3% das intenções de voto.

A candidata Teresa Britto (PV), vereadora em Teresina, aparece com 1,3% das intenções de votos; Major Avelar (PSL), com 0,4%; Geraldo Carvalho (PSTU), com 0,3%; Pastor Macedo (PMN), com 0,2%, e Romualdo Brazil (PSOL), com 0,1%. Dos entrevistados, 5,4% afirmaram não saber em quem votar ou preferiram não opinar. Outros 2% disseram não votar em nenhum dos candidatos.

Em comparação com a pesquisa Jales anterior, publicada na edição de 10 de setembro de O DIA, observa-se queda de Wilson Martins de 0,4 pontos percentuais e de meio ponto de Silvio Mendes. Já o candidato João Vicente Claudino, de acordo com o Jales, cresceu 3,4 pontos percentuais.

A pesquisa do Instituto Antonio Houaiss foi realizada entre 10 e 12 de setembro, ouvindo 1.358 eleitores da zona urbana de 55 municípios. A pesquisa está registrada com o protocolo número 25.834/2010 e tem margem de erro de 2,80%.

Wilson ultrapassa Sílvio na primeira pesquisa Ibope

O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) divulgou sua primeira pesquisa eleitoral para o Governo do Piauí, na qual foram ouvidos 812 eleitores na capital, entre 10 e 12 de agosto de 2010.

Os números foram divulgados no início da noite desta sexta-feira, no Piauí TV 2ª edição, da TV Clube.

Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são informados aos entrevistados, o governador Wilson Martins (PSB), pela primeira vez, aparece à frente na disputa pela sucessão, com 24% das intenções de voto, à frente do ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB), que ficou com 22%.

Na terceira colocação está o senador João Vicente Claudino (PTB), com 19%, e na quarta posição, a vereadora Teresa Britto (PV), que obteve 2% da preferência do eleitorado.

Major Avelar (PSL) e Geraldo Carvalho (PSTU) surgem empatados, com 1% cada. Votos brancos e nulos somaram 5%. E o percentual de indecisos chegou atingiu os 26%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o protocolo de número 20.927/2010. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, quando os eleitores não são informados acerca dos nomes dos candidatos, a quantidade de eleitores indecisos salta para 50%.

Wilson continua à frente de Sílvio, embora com uma vantagem menor. O chefe do Executivo, que tenta a reeleição, fica com 16%, enquanto o tucano alcança os 15%. JVC mantém-se na terceira posição, com 10% das intenções.

A verde Teresa Britto marca 1% e os demais candidatos, juntos, alcançam os 3%. Por fim, brancos e nulos somam 6%.

IBOPE E SUAS HISTÓRIAS


IBOPE E SUAS HISTÓRIAS I
Por Dornelio da Silva

Edmilson Rodrigues candidato à reeleição à Prefeitura de Belém passa para o segundo turno com Duciomar Costa, outubro de 2000. No sábado, véspera da eleição, realizamos uma pesquisa. Às 18hs já estávamos com o resultado: empate técnico entre os dois concorrentes, a vitória de um ou de outro seria com diferença mínima de votos. A decisão ficaria adiada para a boca de urna, o trabalho do dia da eleição. Então, eis que surge o “santo” Ibope publicando uma pesquisa que saiu no jornal da TV a noite, e no jornal O Liberal no dia da eleição. Nesta pesquisa o IBOPE mostrava uma diferença de sete (7) pontos percentuais a favor de Edmilson Rodrigues. Foi um “Deus nos acuda” nos fronts das duas campanhas: do lado de Edmilson Rodrigues euforia; do lado de Duciomar tristeza, angústia, raiva... No dia da eleição Ibope publica sua pesquisa de boca de urna. Resultado: empate técnico entre os dois candidatos. Perceberam a falcatrua da pesquisa da véspera? Pois então, é impossível haver mudanças estrondosas no voto dos eleitores às vésperas das eleições. A pesquisa séria feita um dia antes do pleito não pode ser tão diferente do resultado das urnas. Edmilson ganhou a eleição de Duciomar com uma diferença de 1,5%, em torno de nove (9) mil votos.

IBOPE E SUAS HISTÓRIAS II

Mesmo perdida a eleição, Duciomar, através de seus advogados, entraram na justiça contra o Ibope. O Instituto teve que remeter à Justiça Eleitoral todos os questionários aplicados em campo. Fizemos a auditoria desses questionários. Descobrimos inúmeras falcatruas, a lembrar: questionários com datas bem diferentes, de pesquisas anteriores feitas pelo Ibope em Belém. Fizemos checagem, ligando para algum respondente perguntando se havia respondido alguma pesquisa do Ibope recentemente. Disse que havia respondido, mas há uns dois meses antes. Isso bastou para concluirmos em nosso parecer que o Ibope “fez” outra pesquisa com os questionários de seu arquivo para chegar ao número publicado. Ao final do processo, veio a sentença: Ibope teve que pagar uma multa de R$ 50.000,00. Um troco pelo que ganhou nessa festa!

IBOPE: OPINIÃO PÚBLICA: DISTORÇÃO


IBOPE já fez e faz história no Pará (não louvável). Vamos contar essas histórias em outro momento. Hoje, detemo-nos na pesquisa impugnada-liberada-divulgada. Primeiramente vamos olhar a amostragem: 812 entrevistas que daria uma margem de erro de 3%. Pelos cálculos estatísticos essa amostragem daria 3,5% de margem de erro. Para se conseguir os 3% que ele registrou, IBOPE teria que entrevistar 1200 pessoas no Estado. Outro fator: margem de erro acima de 3% é dar margem e gordura para mexidas. Hoje, os institutos aprimoraram suas coletas e metodologias e trabalham com margem de erro entre 2% e 2,5%. Por que IBOPE insiste em colocar acima de 3%? Em se tratando do plano amostral adotado pelo IBOPE: ele diz que fez a coleta de dados em 39 cidades do estado Pará, apresenta ao Tribunal apenas uma listagem com as cidades e o quantitativo de entrevistas em cada cidade. Diz, também, que distribuiu a amostra nas seis mesorregiões. Mas não mostra o peso eleitoral de cada mesorregião. Então vamos nos ater ao que é mostrado. Dos 39 municípios que ele diz que pesquisou, 31 tiveram a amostra igual, isto é 14 entrevistas foram aplicadas, independente do tamanho do município. Apenas para ilustrar: no município de Redenção que tem 48.652 eleitores foram entrevistadas 14 pessoas; em Pau D´Arco que tem 5.678 eleitores foram entrevistadas, também, 14 pessoas. Veja a desproporção tamanha. Outro ato falho: a região sudoeste do Pará que tem como principal município Altamira, com 59.185 eleitores, ficou de fora da amostra. A pesquisa de opinião é (e deve ser mesmo) uma fotografia da realidade. Para se chegar à realidade político-eleitoral do voto, a pesquisa de opinião tem que levar em consideração parâmetros metodológicos:
1) Cálculo amostral;
2) Definição do peso eleitoral de cada mesorregião e, conseqüentemente, de cada município dentro de sua respectiva mesorregião;
3)Distribuição proporcional da amostra pelas mesorregiões do Estado;
4) Escolha dos municípios que representam cada mesorregião;
5) Distribuição proporcional da amostra que coube a cada região pelos municípios que serão aplicados a pesquisa;
6) A amostra de cada município será, também, distribuída proporcionalmente aos bairros de cada cidade;
7) Nos bairros, residências serão sorteadas para aplicação do questionário. Para completar a fotografia da realidade, antecipadamente, distribuímos o total da amostra proporcional ao número de homens e mulheres existentes no Estado, região, município; mesma situação se faz em relação à faixa etária dos eleitores, tudo proporcional ao existente na realidade.
Portanto, o IBOPE, no que diz respeito à distribuição geográfica, não tirou uma fotografia fiel da realidade; o IBOPE distorceu a realidade, conseqüentemente o resultado final da pesquisa veio, também, distorcido. Seria muito bom se os partidos políticos/coligações, através de petição, solicitassem os questionários aplicados em campo. A lei permite isso!

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Números do IBOPE são para IBOBOS Publicado em 01/08/2010 wiki repórter

Calcada no exemplo que tivemos das pesquisas furadas na Colômbia que davam como certa a vitória do candidato Antanas Mockus, que acabou perdendo para Juan Manoel Santos por uma diferença de "só" 40% dos votos, demonstrando bem a nova tendência de se usar dos institutos de pesquisa para tentar influenciar eleitores indecisos ou despreparados...posso concluir, no momento atual, que os números da pesquisa IBOPE que estão dando vantagem para Dilma sobre Serra não passam de resultado para enganar bobos. Afinal, há apenas 4 dias (quatro!) saiu o resultado da pesquisa Datafolha, abrangendo 10.905 entrevistados em 379 municípios dando empate técnico com ligeira vantagem para Serra, que obteve 37% das intenções de voto contra 36% de Dilma. Já o Ibope - ouvindo apenas 2.600 pessoas no Brasil inteiro num total de 164 municípios - assinala 39% das intenções de votos para Dilma contra 34% de Serra? Tenham dó...é gritante a má fé destas pesquisas, mas a gente sabe que num momento onde o PT está sendo acusado de manter ligações espúrias com o grupo de narcotraficantes e guerrilheiros das Farc - é imprescindível para Lula que se coloque em prática esta tática diversionista para engambelar a massa e abafar o periclitante assunto. Para mim, isso só demonstra a preocupação dos petistas com o resultado final desta campanha eleitoral. Eles na verdade não estão nada tranquilos com o frouxo desempenho da candidata Dilma.

Ibope: uma leitura possível


O óbvio: o jogo está empatado e é difícil prever quem vai para o segundo turno. Mas há nuances a se considerar nas pesquisas que estão sendo divulgadas, principalmente do Ibope, que realizou a segunda rodada em Alagoas.

Primeiro:

O Senador Fernando Collor está em um patamar abaixo daquilo que historicamente alcança em Alagoas – sempre acima dos 30% das intenções de voto. Entretanto, o seu eleitorado é fiel e dificilmente muda de lado.

Segundo:

O ex-governador Ronaldo Lessa se mantém estável – não vem crescendo, tampouco está caindo, apesar da condição precária da sua candidatura. Ou seja: não houve um desgaste considerável com a decisão do TRE e a indecisão do TSE.

Terceiro:

O governador Teotônio Vilela Filho é o único que apresenta crescimento registrado pelas pesquisas, mas em um ritmo aquém, ainda, do que esperam os tucanos. Está no jogo, já esteve fora até recentemente.

A pouco mais de duas semanas das eleições, a campanha já começa a deixar claro que Lessa e Vilela buscam a polarização entre eles – seja porque preferem ser o provável adversário de Collor no segundo turno, seja porque estão antecipando um embate que está por vir.

Collor, ao estilo, promete novas “munhecadas no espinhaço” – metafóricas, no caso – dos seus adversários. Ele joga, nos próximos dias, para 2010 e 2014.

Pesquisa Eleição para Presidente 2010 – CNI/Ibope – Votos para Presidência da República

A CNI/Ibope divulgou uma pesquisa realizada no período entre 06 e 10 de março deste ano, em 140 municípios brasileiros, sobre as intenções de voto para as eleições à presidência da república deste ano.

O resultado atual mostrou que José Serra, pré-candidato do PSDB, continua à frente de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT, apesar de ter tido uma queda de três pontos em relação à pesquisa anterior.

Hoje, Serra tem 35% das intenções de voto, contra 30% de Dilma. A pesquisa também foi realizada pensando-se num segundo turno e constatou-se que José Serra ficaria com 44% contra 39% para a atual Ministra Chefe da Casa Civil.

Com relação aos outros prováveis candidatos, Ciro Gomes, do PSB e Marina Silva, do PV, a CNI/Ibope divulgou 11% de preferência pelos eleitores brasileiros para Ciro, contra 6% para a candidata do PV.

Novo Ibope: tudo igual no 1º turno; pequena oscilação no 2º



O Jornal Nacional acaba de divulgar uma nova pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Globo e pelo Estadão — suponho que o jornal traga na edição de amanhã o detalhamento. Em relação à semana passada, nada mudou nos números no instituto no primeiro turno: Dilma permanece com 39%, e Serra, com 34%. No segundo turno, houve oscilação dentro da margem de erro, e a diferença numérica que era de 6 pontos passou a 5. Dilma oscilou dois pontos para baixo, de 46% para 44%, e Serra, um, de 40% para 39%.

Ah, sim: se a tal pesquisa Sensus estava certa, não é?, uma diferença de 10 pontos se reduziu à metade em um dia. Se é que vocês me entendem…

Boa parte da imprensa diária, hoje, ou está rendida ao Partido Único ou está com medo

Realmente não sei o que alguns analistas esperavam que a petista Dilma Rousseff fizesse no debate da Band para constatar que, bem…, ela perdeu o confronto com o seu principal oponente, o tucano José Serra.

Dilma se perdeu nas respostas? Muitas vezes. Estourou o tempo? Quase sempre. Engrolou incongruências? Com uma freqüência espantosa. Deixou de lado o tema em debate para se agarrar à generalidade do “nós somos melhores do que eles”? Foi seu único norte. Jogou dados errados no ar? Aos montes. Estava nervosa? Bem, ela abriu e fechou o programa consultando suas anotações: no começo, para poder dizer “boa-noite!”; no fim, para a saudação de despedida. Padeceu de aerofagia boa parte do tempo.

Quando propôs a Serra o embate direto “governo Lula X governo FHC”, ele a atropelou com a penúria dos portos, aeroportos e estradas e ainda chamou ao debate Antonio Palocci, admirador e continuador da política econômica do governo anterior. Ela não reagiu. Não obstante, alguns se aventuraram: como ela não foi um desastre, então ganhou. É um modo muito particular esse de ver as coisas: se não quebra a cara de modo vexaminoso, então é vitória? O que ela precisava fazer para perder além do que fez? Ter um surto psicótico no ar? É uma análise que ofende os telespectadores que assistiram ao debate — aliás, nem os petistas viram a coisa assim. Até os que estavam na platéia saíram muito insatisfeitos.

Os que não decretaram o “empate” — e, portanto, a vitória de Dilma (?) —preferiram, como destaquei ontem, a covardia explícita, declarando que o destaque do encontro foi Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL. Já analisei essa postura. Plínio foi o vencedor numa única coisa: ninguém disse tanta bobagem no ar como ele. Conseguiu ser desonesto intelectualmente até no embate com Dilma, que não é exatamente um primor em matéria de apego aos fatos. Ele certamente ficou muito animado e vai tentar repetir a sua performance ideológico-circense em outros encontros de que participar. No post abaixo deste, faço uma análise específica do “jornalismo e o fator Plínio”. Quero voltar ao leito principal agora.

MA: candidato do PDT quer criar Agente Comunitário de Produção 16 de setembro de 2010 • 14h16

O candidato ao governo do Maranhão, Jackson Lago (PDT), espera usar sistema semelhante ao Programa Saúde da Família (PSF) para diminuir as distâncias entre o homem do campo e o governo. A proposta de criar Agentes Comunitários de Produção foi apresentada nesta quinta-feira (16), durante entrevista de oito minutos na TV Mirante, afiliada da Rede Globo no Maranhão. "Eu, como médico, acompanhei a importância do agente de saúde, então vamos fazer com que o agente de produção faça a ligação entre o agricultor, o técnico agrícola e as instituições estaduais", explicou o candidato.

Esta semana as emissoras afiliadas da Rede Globo estão entrevistando os candidatos aos governos estaduais nos seus telejornais. A ordem da entrevista foi definida por sorteio e os dois principais concorrentes na disputa no Maranhão serão em dias seguidos, Jackson Lago, nesta quinta, e Roseana Sarney (PMDB), na sexta-feira (17).

Durante a entrevista, que teve temas pré-estabelecidos pelos assessores dos candidatos, como saúde, educação, cultura, segurança, economia e meio ambiente, Jackson criticou os índices de educação no Maranhão e prometeu voltar com o programa adotado durante o seu governo, antes da cassação em 2009. "Erradicar o analfabetismo é erradicar a mais grave doença", afirma o candidato.

Lago que, segundo última pesquisa Ibope, está em segundo lugar na disputa pelo governo com 25%, contra 47% de Roseana, disse estar animado com a receptividade do eleitor. "Estou muito feliz percorrendo o Estado e o sentimento que recolho da população é muito grande e de muita esperança de que volte o que estávamos fazendo", concluiu Jackson nas considerações finais da entrevista.

Marta Suplicy faz caminhada em Guarulhos


AM: Vanessa ultrapassa Arthur Virgílio na disputa pelo Senado

aphael Cortezão
Direto de Manaus

A terceira pesquisa Ibope de intenções de voto divulgada no Amazonas indica, pela primeira vez nestas eleições, vantagem de cinco pontos percentuais da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB) sobre o senador Arthur Virgílio Neto (PSDB) na disputa para o Senado. A sondagem foi divulgada na noite desta segunda-feira (13), pela Rede Amazônica de Rádio e Televisão.

Pela pesquisa mais recente, o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) permaneceu na liderança 80% das intenções no Estado, Vanessa assumiu a segunda posição com 39% e, se as eleições fossem hoje, estaria eleita. De acordo com a sondagem. Arthur Virgílio aparece em terceiro, com 34% das intenções, e ficaria de fora da próxima legislatura no Senado.

Nas duas pesquisas Ibope anteriores, o tucano aparecia logo atrás do ex-governador do Amazonas Eduardo Braga (PMDB), em segundo lugar. Em comparação com o resultado da sondagem anterior, o ex-governador perdeu sete pontos percentuais na pesquisa estimulada. Vanessa, que havia perdido quatro pontos percentuais, agora ganhou dez pontos. O senador tucano registrou a maior queda, de 17 pontos percentuais entre as duas últimas pesquisas.

O candidato do PDT, senador Jéferson Praia, ficou com 9% e a candidata do PT, Marilene Corrêa obteve 5% das intenções de voto na pesquisa mais recente. Os demais candidatos não foram citados. Nessa pesquisa, o percentual de indecisos foi de 12% e o de brancos e nulos 2%.

Governo
O governador e candidato à reeleição Omar Aziz (PMN) aparece novamente na liderança da disputa pelo governo, com 53% das intenções de voto da consulta estimulada, à frente do senador e ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR), que obteve 32% das intenções.

O vereador Hissa Abrahão (PPS), único candidato ao governo a apoiar José Serra (PSDB) no Amazonas, teve 2% das intenções de voto. Os candidatos Herbert Amazonas (PSTU) e Luis Navarro (PCB) tiveram 1% das intenções de voto, cada. Luís Carlos Sena (PSol) não pontuou. O percentual de indecisos foi de 8% e brancos e nulos somaram 2% das intenções.

A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 13 de setembro de 2010. Foram entrevistados 812 eleitores. A margem de erro da pesquisa foi de três pontos percentuais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 29.651/2010 e no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AM) sob número 25.558/2010.

Para Kátia Abreu pesquisa Ibope mostra empate técnico na corrida pelo Palácio Araguaia


A senadora Kátia Abreu (DEM) afirmou através de comunicado nesta quarta-feira, 25, que na condição de coordenadora da campanha do governador Siqueira Campos (PSDB), aguarda “ansiosamente a divulgação dos dados técnicos” da pesquisa Ibope/TV Anhanguera, que foi divulgada ontem.

A pesquisa mostra o candidato à reeleição do governo do Tocantins, Carlos Henrique Gaguim (PMDB) com 43% de intenção de votos na estimulada contra 37% do ex-governador Siqueira Campos (PSDB).

Kátia afirma também, que, no seu entender e de acordo com os critérios da margem de erro da pesquisa com 3 pontos para cima ou para baixo fica configurado empate técnico entre os candidatos.

Confira a íntegra do comunicado

Comunicado

Na condição de coordenadora da campanha do candidato ao governo do Estado pela coligação Tocantins Levado a Sério, comunico que acompanhei com muita atenção a divulgação dos resultados da pesquisa Ibope pela TV Anhanguera.

Comunico também que no meu entender e de acordo com os critérios que nortearam a análise da pesquisa - margem de insegurança técnica e estatística de 3 pontos para cima ou para baixo - configura-se um empate técnico, pois os dois candidatos poderiam estar com 40 pontos.

Aguardo ansiosamente a divulgação dos dados técnicos dessa pesquisa que, aliás, deveria ter ocorrido simultaneamente.

Comunico ainda que estou aguardando os resultados da pesquisa do Instituto Vox Populi a ser divulgada daqui a 7 dias.

Enquanto isso não acontece, continuo considerando a campanha do candidato Siqueira Campos vencedora, como mostraram os últimos números divulgados pelo mesmo Instituto Vox Populi, que é nossa referência desde o início da campanha.

Senadora Kátia Abreu

O PT de Dirceu que Dilma esconde


A declaração de que o PT terá mais poder com Dilma do que com Lula, feita pelo ex-ministro José Dirceu, eterno presidente de fato do partido, é motivo para reflexões, avaliações e projeções muito sérias. Até porque --ou principalmente porque-- o PT tem sido um ausente do discurso de Dilma na campanha.

A equação não fecha: Dilma disfarça o partido, mas o partido vai ter ainda mais poder no governo dela?

No debate Rede TV!/Folha, no domingo à noite, Dilma relegou mais uma vez o PT ao segundo plano, referindo-se ao 'presidente Lula' e ao 'nosso governo' como os seus verdadeiros partidos. Mas Dirceu entregou o jogo: o PT é que vai dar as cartas no governo Dilma --que, não custa lembrar, era do PDT até outro dia.

A julgar pelas pesquisas, o PT vem numericamente forte por aí. Vai fazer uma bancada grande e experiente no Senado (calcanhar-de-Aquiles de Lula) e tende a ultrapassar o PMDB como maior bancada na Câmara. (Aliás, desbancando a candidatura do peemedebista Henrique Eduardo Alves para a presidência da Casa.)

O PT, então, será o líder no Congresso de uma imensa tropa formada desde o PC do B ao PP de Maluf, depois de já ter transformado a CUT, o MST e a UNE em agências do governo, financiadas com recursos públicos; já ter aparelhado o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, a Petrobras, o BNDES; e estar em vias de 'extirpar' a oposição, como disse Lula sobre o DEM, enquanto ataca pessoalmente os tucanos Tasso Jereissatti no Ceará e Arthur Virgílio no Amazonas.

E aí entra a fala de Dirceu: 'A eleição de Dilma é mais importante do que a do Lula, porque é a eleição do projeto político'. Leia-se: Lula foi um meio para se chegar a um fim, ao tal 'projeto político'. Agora, falta explicar exatamente do que se trata, antes que o governo e o projeto se instalem. Dilma entregou um programa 'hard' de manhã ao TSE e, de tarde, retirou e entregou outro 'light'. Até agora, não se sabe ao certo qual é para valer.

Um dos laboratórios do 'projeto político' de Dirceu foi a liderança do PT na Câmara antes da eleição de Lula, que atuava e respirava conforme Dirceu mandava. Era ali o foco dos dossiês, das CPIs, das denúncias de todo tipo contra Collor, contra Itamar, contra Fernando Henrique, contra tudo e contra todos os demais.

E não é que foi dali que saíram Erenice Guerra, José Dias Toffoli, Márcio Silva? Saíram direto da central de dossiês contra adversários para o comando do país.

Erenice surgiu meio do nada e virou ministra da Casa Civil, principal cargo do governo. Toffoli é um ótimo sujeito, mas tinha todas as desvantagens e nenhum dos atributos para ser ministro, nada mais nada menos, do Supremo Tribunal Federal. E o tal do Márcio Silva é advogado da campanha de Dilma e dono de um escritório meteórico que, como diz o Painel da Folha de hoje (15/09/10), 'é assunto de advogados há muito estabelecidos em Brasília'.

Dilma teve a consideração de indicar a amiga e braço-direito Erenice Guerra como sua sucessora na Casa Civil. Mas, agora que a Casa Civil caiu (de novo) sob o peso da parentada toda dele, teve a desconsideração de rebaixá-la à condição de 'mera assessora'.

Deve estar aí a chave da questão: tem hora de esconder e tem hora de mostrar. É o PT das Erenices dos dossiês, do aparelhamento e do patrimonialismo que vai tocar o 'projeto político' em curso no país?

E com o inestimável apoio do PMDB, evidentemente.

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Eleições 2010
Leia a íntegra da palestra do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu em encontro com petroleiros petistas na Bahia
O Globo, 14/09/2010 às 23h13m

SALVADOR - "A eleição da Dilma é mais importante do que a eleição do Lula, porque é a eleição do projeto político, porque a Dilma nos representa. A Dilma não era uma liderança que tinha uma grande expressão popular, eleitoral, uma raiz histórica no país, como o Lula foi criando, como outros tiveram, como o Brizola, como o Arraes e tantos outros. A direita teve também aqui mesmo uma liderança que foi o próprio ACM, independente do fisiologismo, do abuso de poder, contudo era uma liderança popular, tanto é que era popular na Bahia. Tinha força político-eleitoral. Então, ela é a expressão do projeto político, da liderança do Lula e do nosso acúmulo desses 30 anos, porque nós acumulamos, nós demos continuidade ao movimento social.

Se nós queremos aprofundar as mudanças, temos que cuidar do partido e temos que cuidar dos movimentos sociais, da organização popular. Temos que cuidar da consciência política, da educação política e temos cuidar das instituições, fazer reforma política e temos que nos transformar em maioria. Nós não somos maioria no país, nós temos uma maioria para eleger o presidente até porque fazemos uma aliança ampla. Vamos lembrar que nossa aliança é PC do B, PDT, PSB, PMDB, PT, PRB e PR. Eu digo assim das grandes expressões, dos partidos que têm força política-eleitoral.

O PP é um partido de centro-direita, muito regional, é verdade, não tem nacional, tanto é que só tem um senador, governador talvez não eleja nenhum. Independente de nós termos essa coalização, o PT é a base dela. A mídia agora já começa a discutir a nossa política, se vai fazer ajuste, se não vai; se vai estatizar ou não vai; se vai fazer concessão ou não vai. E começa a discutir se o PT está sendo desprestigiado ou não. Aquilo que nós temos de maior qualidade, que é o Lula, eles querem apresentar como negativo, porque o Lula é maior que o PT. Eles é que não têm ninguém maior que o partido deles.

Ainda bem que nós temos o Lula, que é duas vezes maior que o PT. Mas nós temos que transformar o PT num partido (inaudível). O PT teve 17% de voto em 2002/2006 para a Câmara, que calcula a força de um partido no mundo todo. Não é o voto majoritário. Vai ter agora 21, 23%, eu espero, tudo indica. Tem que ter 33% em 2014. O PT tem que se renovar, tem que abrir o PT para a juventude (aplausos).

Eu dou o exemplo do Padilha, que há alguns anos era dirigente da UNE, era médico voluntário social no Pará, estava fazendo trabalho social como médico, e hoje é ministro de um dos ministérios mais importantes que tem. O Orlando, do PC do B, Orlando Silva para não ficar só no PT, que aliás é nosso, era presidente da UNE alguns anos atrás... O Lindberg, que vai ser senador agora. Então, nós temos que voltar a transformar o PT em uma instituição política. Uma instituição política tem valor, programa, instrumentos, sedes, atividades cultural, social, tem recursos que auto sustentam, com o fundo partidário, porque nós temos que defender que existe o fundo partidário.

O fundo partidário brasileiro teria que ser duas, três vezes maior, que é a média do mundo. Então, nós temos que transformar de novo o partido, para o que ele foi criado. É lógico que o PT é um grande partido político, tem força político-eleitoral, social. Nós já temos um acúmulo de políticas públicas, de experiência. Então, nós temos que fazer essa mudança no partido. Essa é a principal. E consolidar as nossas organizações populares, porque eles estão consolidando a deles. Você viu que agora eles criaram, eles estão criando através das empresas instituições para fazer disputa político-cultural e político-eleitoral, fundações, centros de estudo. Fora o que eles têm da mídia, do poder econômico. Podem observar. E estão mandando as pessoas para o exterior.

Agora mesmo tiveram uma série de bolsistas, jornalistas, que vão para os Estados Unidos, inclusive este que escreveu essa última matéria da "Veja". Nós temos que fazer isso também. Mas nós temos que fazer sempre com alianças. Uma coisa que eu sempre defendo: nós vamos criar um jornal do sindicato, do partido? Não. Porque quando nós falamos aqui dos grupos econômicos, do empresário brasileiro, nós temos que lembrar a etapa que nós estamos vivendo, o momento histórico que estamos vivendo.

Nós não podemos fazer política sem olhar a história do Brasil e o acúmulo de forças e o crescimento nosso. Nós não vivemos um período em que nós somos hegemônicos na sociedade, que nós temos maioria na sociedade, muito menos um período ou ciclo revolucionário no mundo. Nós vivemos um ciclo no mundo de grande defensiva, de grande (inaudível) do movimento socialista internacional. de repensar o socialismo, nós temos Vietnã, China, Cuba nós temos que olhar para tudo isso.

Quando nós pusemos o Alencar como vice do Lula, nós ganhamos a eleição. Como nós ganhamos essa eleição quando o PMDB não ficou com o PSDB. Aquele movimento anti-Renan Calheiros, anti-Sarney... vocês não vão acreditar que eles são éticos, né? Eles, evidentemente, o que queriam era romper a aliança nossa com o PMDB. Um mês depois, o Serra estava fazendo aliança com o PMDB.

O presidente estava indicando o vice, porque em 2002 a Rita Camata foi a vice dele. Nós criamos uma distensão no PMDB, foi o Jarder, o Sarney, o próprio Quércia em São Paulo, o Itamar em Minas Gerais, foi um trabalho que nós fizemos, o Eunício no Ceará. 30%, 40% apoiou o Lula já no primeiro turno e, depois, no segundo turno, ampliou isso. O Rigotto no Rio Grande do Sul. Nós colocamos uma cunha dentro do PMDB. O que eu quero dizer é o seguinte: as alianças não são político-partidárias, não são parlamentares. As alianças são na sociedade. O parlamentar é a expressão.

Nós, quando fizemos a aliança com o Zé Alencar, nós fizemos a aliança com (inaudível), empresário. O Zé Alencar, apesar de ser um grande empresário, de ter sido presidente da Federação da Indústria de Minas várias vezes, vice da CNI, e de ser um líder - ele é um líder, não era um burocrata sindical - porque também tem os pelegos sindicais, não é só nós que temos esse problema. Eles também têm as burocracias sindicais deles, poderosíssimas. Aqui vocês conhecem no Nordeste muitas federações e confederações que têm muitos empresários. O Albano Franco, por exemplo. O nosso aliado, Armando Monteiro Neto está saindo agora, vai se eleger senador, tudo indica. Como aqui, nós vamos eleger os dois lá.

Qual era a aliança? Aliança produtivista, nacionalista, desenvolvimentista e aliança de voltar para dentro, para o mercado interno, de decolar o Brasil no mundo, e a sociedade entendeu isso. As alianças são, no fundo, expressão de programas econômicos e de políticas de investimento. E o estágio que nós vivemos no Brasil é de reorganização do Estado nacional. Porque ele foi desmontado durante 20, 30 anos. Ele sempre foi golpeado pela direita. Tudo o que o Getúlio fez, o Dutra assumiu e desmanchou. Tudo o que nós tínhamos construído em 40 anos, a ditadura militar começou a desmanchar. Mas aí dentro das Forças Armadas assume uma ala do governo que tem uma visão nacionalista estatal também, que foi o governo Geisel, que é um governo ditatorial, mas não antinacional, não é um governo privativo.

O BNDES está consolidando, fundindo a base dos setores, senão nós não conseguimos competir no mundo, como foi (inaudível). Nós temos que fortalecer o Brasil, o estado, a política econômica e distribuir renda, acabar com a pobreza e resgatar de novo o papel do estado no Brasil. E vamos ter que reformar a burocracia brasileira que nós só começamos. Não é verdade essa "discursera" do Serra. Fomos nós que voltamos a fazer planos de cargos e carreiras, que voltamos a valorizar o servidor, a dar condições de novo. Eles falam: os sindicalistas dirigiam as empresas estatais. É verdade, nós indicamos sindicalistas mesmo. Agora, vamos ver o balanço da Funcef nos oito anos do Fernando Henrique e nos oito anos do Lula, vamos ver a Petrobras nos oito anos do Fernando Henrique e nos oito anos do Lula, o Banco do Brasil nos oito anos do Fernando Henrique e nos oito anos do Lula. Saneamos a empresa, recuperamos a gestão e a eficiência, não fizemos nenhum investimento como eles fizeram vários absolutamente desastrosos. (..)

(...)Reforma política e educação, quer oportunidades, evidente que é um pouco mistificação dizer que você vai dar igualdade oportunidade na educação você viabiliza uma maior igualdade social na sociedade. Depende das outras condições. Mas é evidente que a educação é fundamental. Nós estamos mal nisso. Nós fizemos muito no nosso governo, mas vocês sabem, nós temos filhos nas escolas, nós sabemos disso. Nós conhecemos, somos professores, muitos de nós e sabemos da situação.

É como policial militar, um agente da PF ganha inicial quase 9 mil reais, agente, não o delegado, que ganha 13, 14 mil. Quanto ganha uma professora de fundamental? Agora nós demos um piso de 1.200 reais. Na verdade, esse piso tinha que ser 2.500, para começar. Então, olha como nós temos que mudar. Lógico que nós mudamos muito. O orçamento da educação multiplicou por três, que é o dobro tirando a inflação. Mas como a Dilma diz tem que investir 7% do PIB na educação. Como nós vamos ter que reestruturar a saúde pública também, consolidar o SUS e aperfeiçoar, porque a situação ainda é muito difícil na saúde pública. Você vai num posto de saúde, o Brasil tem melhorado muito nestes dez anos, mas tem muito o que melhorar.

A política, o que a direita faz? Quem pode ter poder? Primeiro o poder econômico, as forças armadas. As forças armadas estão hoje profissionalizadas, o poder econômico se aliou com qual poder? Com a mídia. E qual é o poder que pode se contrapor ao poder econômico e ao poder da mídia no Brasil? É o poder político, que tem problemas graves de fisiologias, de corrupção, tem desqualificação, mas eles não fazem contra o poder econômico e da mídia, quando surgem problemas de corrupção, de problemas graves, o tipo de campanha que eles fazem contra o parlamento e contra os partidos políticos.

Mesmo levando em conta os graves problemas de nosso sistema político, problema de caixa 2, os graves problemas de corrupção que têm na administração pública, em grande parte para financiar campanha eleitoral, porque o sistema está apoiado nisso, no poder econômico. Não tem campanha de menos de 3 ou 5 milhões de reais, 7 ou 8 milhões hoje no Brasil. Campanha de governador é 40,50,60. Campanha de presidente é 200, 300 milhões. Ora, quem vai financiar isso? As pessoas físicas? Não, as empresas. Aí começa: nomeação dirigida, licitação dirigida, emenda dirigida, superfaturamento, tráfico de influência. Não é que vai acabar, mas o financiamento público, o voto em lista, mandato talvez de seis anos para senador. Nós temos que repensar o sistema político brasileiro. E nós somos o maior interessado porque a direita está usando isso para desqualificar a política e para afastar o povo da política. (...)

(...)As outra reformas, a tributária, a democratização dos meios de comunicação, o problema da terra, das forças armadas, que são questões que não estão equacionadas no Brasil ainda hoje, elas dependem da nossa maioria, depende do pais se consolidar porque o país só resolve problemas quando são maduros (...)

Nós somos um partido e uma candidatura que coloca em risco o que eles tão batendo, todos articulistas da Globo escrevem e falam na TV, todos os analistas deles: a noção das garantias individuais e da constituição, que nós queremos censurar a imprensa, que o problema no Brasil é a liberdade de imprensa? Gente do céu. Como alguém pode afirmar do Brasil é(...). Não existe excesso de liberdade. Pra quem já viveu em ditadura(...)

Dizem que nós queremos censurar a imprensa. Diz que o problema é a liberdade de imprensa. O problema do Brasil é excesso, bom, é que não existe excesso de liberdade, mas o abuso do poder de informar, o monopólio e a negação do direito de resposta e do direito da imagem. Que está na Constituição igualzinho a liberdade, a Constituição não colocou o direito de resposta e de imagem, a honra, abaixo ou acima da proibição da censura e da censura prévia, corretamente, ou do direito de informação e da liberdade de imprensa, de expressão. São todas cláusulas pétreas.

Mas os tribunais brasileiros estão formando jurisprudência, se vocês lerem os discursos do Carlos Ayres Britto, que aquilo não é voto é discurso político, a liberdade de imprensa está ameaçada no Brasil que é um escândalo. Mas eles estão preparando a agenda deles para o primeiro ano de governo. Como a imprensa já está pressionando pela constituição do governo, já está disputando a constituição do governo. Pode começar a ler nas entrelinhas, quem quer que ela empurra para ser ministro disso, ministro daquilo, e já está disputando para fazer ajuste fiscal....

Como a gente está vendo, a mídia como está se comportando com a Dilma, já dá para imaginar como vai ser comigo no dia do julgamento. Estou até fazendo dieta, mantendo os 80 quilos para me preparar para o debate.(...)

(...) Já começou a apresentar uma série de ideias e de propostas do PMDB, que nós necessariamente não concordamos com o partido. Não que elas sejam incompatíveis com o nosso programa, mas são abordagens diferentes que nós temos para a questão da educação, do ajuste fiscal, da política macroeconômica.

Então, sim. O governo sempre é disputado. E nessa disputa do governo, as forças políticas de oposição, elas pesam também. Por que com o apoio da imprensa, eles tentam formar a opinião pública forçando determinadas definições ou tentar impedir que nós apliquemos determinadas políticas. Ou paralisando no Congresso ou criando um clima na sociedade contrário, basta ver a ação já que nós estamos aqui numa casa das estatais, participação ampla dos petroleiros;

O que a Folha de S. Paulo fez com a capitalização da Petrobras em qualquer país do mundo poderia dar um processo contra o jornal. Poderia dar uma intervenção da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), ou de organismo de regulação que existe no país. Mas ela fez a campanha. Da mesma maneira, que eles estavam contra o pré-sal. Toda a mídia se posicionou contra a nova regularização do pré-sal. O Fundo, a empresa, a apropriação da receita do petróleo, da nova forma que nós vamos fazer, por partilha e não por concessão.

O governo é sempre disputado e é disputado entre os aliados e dentro do PT também.

A melhor maneira de nos preparar é agora eleger uma grande bancada do PT de deputados e senadores, que você começa sendo um partido majoritário na Câmara e tendo uma bancada que garante com mais um partido maioria simples no Senado. O ideal é que o PT e o PMDB fizesse maioria de 41 no Senado, mas não vai acontecer isso. Nós vamos fazer entre 32 a 36 senadores, os dois partidos. Mas com PDT, PSB e PC do B talvez a gente faça.

Depois do pós, o 1º de janeiro, durante o governo, a força do partido e a presença do partido se expressa muito pela participação do partido na vida política do país. Um partido com 30% de votos não pode ser desprezado por nenhum presidente da República. Nós temos que chegar para discutir com propostas. As decisões tem que ser acertadas. Tem uma disputa contra nós na comunicação.

Vejam a campanha que eles fizeram esses anos todos contra o Bolsa Família. Eles não combatiam a política externa do presidente. Porque eles não tinham ideia do peso dela, da integração sul-americana a ferro e fogo.

Nós temos que nos preparar para a disputa dessa fixação da mídia comigo. Primeiro é que eu disputo, eu enfrento. Eu não deixo nada sem resposta. Eu faço a disputa política na sociedade, no meu blog, dentro do PT. Segundo é que eu continuei participando da vida política do país, da vida do PT. Terceiro que eles querem que eu seja condenado, eles querem me banir da vida política do país. Eles tentaram, inclusive, me impedir de exercer minha profissão. Eles me caçaram, eu saí do governo, fiquei inelegível, depois começaram uma campanha contra minhas atividade de advogado e consultor. Fizeram durante esses cinco anos, e no ano de 2008, quatro vezes em conluio com a PF, com o MP e o Poder Judiciário, eles tentaram me prender. Sendo que não há nada contra mim.

Isso faz parte da disputa política. Como eu representava o PT, eu fui alvo. Quem tem que provar é o MP, que não conseguiu provar nada. O processo já terminou. Só falta ser julgado. Eu pelo menos nunca senti ou me programei em ser candidato. Eu nem ia ser candidato em 2006. Eu combinei com o Gushiken. Felizmente teremos nossa candidata que vai ser eleita. E nós vamos fazer isso com prazer. Eu pelo menos vou votar com prazer. E depois falar para eles: Ó, não adiantou nada. Estamos aí mais quatro anos(...)

Quando se fez o balanço da agenda, a maioria dos companheiros que estão dirigindo a campanha e a própria candidata cancelaram vários compromissos. Na minha avaliação foi um erro o cancelamento, mas ele é justificado. Mas a nossa candidata estava num momento muito difícil, muito cansada, tendo que se dedicar aos programas de televisão. Tendo que ir aos estados, porque a campanha estava em crise em MG, em SP, PR, SC, a presença dela era importantíssima. Ela praticamente não foi ao Norte do país, vocês já perceberam isso?

Do Maranhão até o Acre alguém aqui tem notícia de que a Dilma tenha ido a esses estados? Isso é inédito em campanha eleitoral no Brasil. Porque, primeiro nós temos mais de 40 anos de idade, segundo que ela passou por um câncer. Ela sente muito isso ainda. E a tensão dessa campanha foi muito grande. Se vocês observarem a responsabilidade dela é enorme. Tomamos com dor essa decisão.

Infelizmente aconteceu isso, o cancelamento da agenda. Várias agendas. Ela, por exemplo, ela não tinha ido a SC. A Ideli (Salvatti) estava sendo ridicularizada pelos adversários. O Lula ainda não tinha gravado para ela, pro Lessa, pro Iberê(...) Imagina governar o país e fazer campanha? E com essa pressão toda que nós estamos sofrendo. Por que o pau tá comendo em cima de nós. Eles não estão recuados, né? Eles estão lutando.
Postado por Paulo R. de Almeida às 19:21 0 comentários
Marcadores: clima politico no Brasil, crimes politicos, José Dirceu
Serra contra a maquina incrustrada no Estado: batalha desigual
Sem comentários.
Paulo Roberto de Almeida

Disputa desigual traz Estado contra Serra
Rosângela Bittar
Valor Econômico, 15/09/2010

A moda, agora, na campanha eleitoral do PSDB, é reviver o esporte que vigorou ao longo do processo de definição da candidatura a presidente do partido, entre novembro do ano passado e fevereiro deste, toda vez que a discussão pendia para o então governador de São Paulo: falar muito mal de José Serra. Políticos importantes da cúpula, os de importância média, aprendizes de feiticeiros, grupos de base eleitoral com influência, até simples simpatizantes atribuem a Serra a culpa pelas dificuldades que todos enfrentam na campanha.

Seria de sua única responsabilidade não crescer nas intenções de voto, ser o seu próprio marqueteiro, não ouvir o comando político, permitir a virada nos Estados, ter se imposto ao ex-governador de Minas - sim, esta também voltou - e, a mais recente, ter tido um desempenho fraco no debate eleitoral. Serra estaria, também, tenso, nervoso, preocupado, indormido.

Bem, em Brasília, segunda-feira, ao longo de uma reunião com a Ordem dos Advogados do Brasil para debater a reforma política, e depois do encontro, José Serra estava absolutamente tranquilo, seguro, cordial, expondo com uma clareza impressionante suas reflexões sobre o tema e, nelas, os riscos que a atual campanha eleitoral tem representado ao Estado de Direito, à Democracia.

Vendo-o em ação, não é possível identificá-lo com o personagem de todas as culpas. Seriam os que o acusam inocentes? Aécio Neves, Tasso Jereissati, Sérgio Guerra, Arthur Virgílio, Álvaro Dias, líderes em geral, qualquer um dos políticos do PSDB que, ao longo dos últimos oito anos, não se encontraram com o exercício da oposição, não souberam definir seus adversários políticos nem criar antídotos aos efeitos monumentais da propaganda, são culpados do que ocorre hoje. E Serra inclusive.

Numa campanha como a de 2010, desde já candidata a ser objeto de aprofundados estudos políticos e, bastante necessários, também jurídicos, dificilmente um outro candidato de oposição, qualquer um, lograria desempenho diferente.

Serra não tem dado sinais de desânimo com as críticas internas e toca a etapa final da campanha exibindo confiança em levá-la ao segundo turno. Em segundo lugar nas intenções de voto para Presidente da República, parece consciente de que está cumprindo um papel histórico.

Serra não está questionando o fato de a candidata do PT, Dilma Rousseff, sua principal adversária, estar muito à frente nas intenções de voto, posição que já ele próprio teve em outro momento da campanha. O recado que chega da sua atual pregação é que está lutando não pelo projeto de seu partido contra o projeto do partido adversário, mas contra um Estado inteiro, capturado por um grupo político cujo líder, o presidente da República, governa para aliados eleitorais.

O Estado está a serviço do terceiro mandato que o presidente Lula ficou impedido constitucionalmente de disputar, mas deu um jeito, construindo agora a ponte para a possibilidade legal de disputar com seu próprio nome, mais adiante, o quarto e o quinto. Não são, portanto, três mandatos, mas cinco, o período pleiteado pelos adversários para o qual a oposição teria que ter se preparado para enfrentar.

Por mais que tivesse o chefe da Nação dito que faria tudo - "tudo é tudo", detalharam seus intérpretes - para eleger presidente quem escolheu para ser, sem um contraditório ou interferência partidária, a oposição não poderia ter imaginado que seria como está sendo: O Estado contra um candidato.

Lula criou o poste, jargão eleitoral com que se define um candidato absolutamente desconhecido, implantou-o e iluminou-o. Em dois anos, colocou seu palanque governamental, integralmente, a serviço desse projeto. Inovou, pois nenhum de seus antecessores se despiram da Presidência para eleger o sucessor.

Nenhum grupo político, também, preparou antídoto para essa ação, nem se sabe se ela existe na crônica eleitoral.

Até aliados jamais ousaram contraditar ou sugerir acréscimos. É obra de um homem só: da transgressão à lei à defesa de extermínio de partido adversário, da impunidade a aliados ao capricho de nominar o próximo alvo.

O presidente Lula nada está fazendo que não tenha feito nos seus oito anos de mandato, mas a oposição, não se sabe por quê, achou que seria diferente. Frustrada agora em suas expectativas, responsabiliza Serra. Não pela perda da disputa, pois ainda não a perdeu e há institutos de pesquisa com credibilidade que ainda apontam possibilidade técnica de a disputa ir ao segundo turno. Mas pelas dificuldades, sendo que boa parte delas decorre do próprio pessimismo.

Esses políticos estão surpresos com a frustração de uma expectativa. O erro de Serra foi o mesmo, ter-se equivocado com o adversário, como todo o PSDB, e não haver se preparado para sustentar a vantagem e fazer a disputa com um presidente do tipo Lula. Precisaria ser uma obra coletiva. Que até, numa análise a posteriori, não teria como evitar muitos problemas, mas teria instrumentalizado melhor os contendores para enfrentá-los.

O PSDB foi ao longo de todo o processo, e ainda é, um poço de dúvidas. As eleições prévias que, vê-se hoje, seriam importantes para o partido, ninguém as quis. Nem Aécio Neves que, se realmente as quisesse, teriam existido. Mas ele tinha dúvidas sobre seu desempenho. Ninguém quis ser o anti-Lula. Acreditavam que, não sendo Lula o candidato, ele atuaria com os limites da Presidência, uma prova de desconhecimento do adversário. Serra entrou numa eleição cuja extrema dificuldade, quase uma impossibilidade, só foi percebida em toda a sua crueza quando se viu que o trabalho para enfrentá-la teria que ter começado oito anos antes.

É Lula que está em jogo. Um Lula destemido, desafiador da Justiça, personalista e possuído por poderes divinais. Quem diz que Serra é culpado não é inocente, e precisa urgentemente trabalhar com a realidade. O que houve até agora foi acerto de Lula com seu eleitorado.
Postado por Paulo R. de Almeida às 11:40 0 comentários
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
Fazendo campanha com odio
'Precisamos extirpar o DEM da política brasileira', afirma Lula
G1, São Paulo, 13.09.2010

Em comício da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na noite desta segunda-feira (13), em Joinville (SC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o partido de oposição DEM seja "extirpado" da política brasileira.
Em discurso marcado por críticas à sigla opositora e aos adversários do PT em Santa Catarina, Lula disse que o Democratas "alimenta ódio".
"Eu não quero crer que esse povo extraordinário de Santa Catarina vá pensar em colocar no governo alguém de um partido que alimenta ódio, que entrou na Justiça para acabar com o ProUni [programa federal de concessão de bolsas universitárias], como o DEM entrou", disse Lula.
Segundo última pesquisa do Ibope, o candidato do DEM ao governo de SC, Raimundo Colombo, assumiu a liderança na disputa. Colombo tem o apoio do PSDB e do PMDB do ex-governador Luiz Henrique, apoiado por Lula em 2006 e que hoje disputa vaga no Senado.
"Quando Luiz Henrique foi eleito pensei que ele ia mudar, mas ele trouxe de volta o DEM, que nós precisamos extirpar da política brasileira", disse o presidente.
Em discurso, o presidente também centrou fogo na família Bornhausen, tradicional na política catarinense, do deputado federal Paulo Bornhausen (DEM-SC) e do ex-presidente nacional do partido Jorge Bornhausen.
"Nós já aprendemos demais e sabemos que os Bornhausen não podem vir disfarçados de carneiros, porque já sabemos quem são os Bornhausen, já conhecemos as histórias deles", disse Lula.

Lula critica 'direita raivosa'
Em referência ao escândalo do mensalão, Lula disse ter sido alvo da "direita raivosa" que "levou Getúlio Vargas a dar um tiro no coração" e também impulsionou a ditadura militar no país.
"Essa mesma direita tentou fazer o mesmo comigo em 2005, e não fez. Porque eu tinha um ingrediente a mais, eu tinha vocês, e eles nunca tinham lidado com um presidente da República que tinha nascido no berço da classe operaria desse pais", afirmou.
O presidente citou números de repasses federais a Santa Catarina e disse ter atitude "republicana" em relação a governantes de oposição. Fez menção ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, ao afirmar que não distribui verbas por critérios partidários.
"O adversário dessa mulher aqui [Dilma] recebeu mais dinheiro no meu governo do que o Mário Covas [ex-governador de SP] recebeu em oito anos quando o Fernando Henrique Cardoso era do mesmo partido e presidia esse país", disse.

Dilma diz que adversários representam 'passado'
Usando um banco para se apoiar no palco, em razão de uma torção de tornzelo que a levou a usar bota ortopédica, Dilma associou seus adversários ao "passado".
"Queremos o futuro que apresenta para nós a possibilidade desse pais acabar de vez com a miséria, de contnuar se transformando em uma das maiores nações do mundo [...], ou nós queremos a volta da paralisia, do desemprego e da desigualdade?", questionou.
Dilma disse que o Brasil vive um "processo de transformação" que "começou pela mão do nosso presidente Lula". Repetiu discurso estratégico da campanha ao dizer ter recebido do presidente a tarefa de "cuidar da coisa que ele mais ama no mundo, que é o povo brasileiro".
Nos discursos, presidente e candidata não fizeram menção aos episódios de quebras de sigilo na Receita Federal e à denúncia de tráfico de influência na Casa Civil.

Presidente do DEM vê 'desequilíbrio' de Lula
O presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, disse que as declarações de Lula denotam "desequilíbrio" do presidente. Afirmou que Lula "se aproveita de sua popularidade para agredir, tentar pisar em seus adversários", e que o presidente "deve estar com algum problema em relação aos últimos episódios [denúncias de irregularidades na Receita e na Casa Civil]".
Maia afirmou ainda que o presidente busca um "Congresso submisso ao PT" e que o discurso em Santa Catarina reflete "ódio pessoal que não sabe em um estadista, um homem que chegou onde ele chegou".

Presidente completa 15 comícios com Dilma
O comício em Joinville foi o 15º com participação de Dilma e Lula desde o início oficial da corrida presidencial, em julho, e o primeiro em Santa Catarina, estado em que a candidata do PT ao governo, Ideli Salvatti, está em terceiro lugar nas pesquisas.
Lula também já subiu em palanques com Dilma nesta campanha no Rio de Janeiro (RJ), Garanhuns (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Osasco (SP), Mauá (SP), São Bernardo do Campo (SP), Campo Grande (MS), Salvador (BA), Recife (PE), Foz do Iguaçu (PR), Valparaíso (GO) e Betim (MG).
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domingo, 12 de setembro de 2010
Fugindo do Debate: as perguntas não respondidas pela candidata oficial
Perguntas que Dilma deixou sem resposta
O Globo, sábado, 11 de setembro de 2010

Ao se recusar a debater com leitores e colunistas do GLOBO, a candidata do PT, Dilma Rousseff, deixou sem resposta perguntas como as duas abaixo:

Verissimo: Se eleita, qual será seu primeiro gesto, aquele ato de impacto que costuma inaugurar governos? Ou não haverá nada disso?

Ricardo Noblat: Se Lula não a tivesse escolhido, a senhora cogitava ser candidata a qualquer outra coisa?

O que Dilma não respondeu

Perguntas que colunistas do GLOBO fariam para a petista, que se recusou a debater

Ancelmo Gois:
Eu gostaria de repetir a pergunta que fiz a Lula, então candidato em 2002, até porque, em que pesem as promessas do atual presidente, de lá para cá o problema se agravou ainda mais. Por que acreditar que, com a senhora na Presidência, o problema da violência poderia ser atenuado?

Merval Pereira:
Candidata, a senhora vem sofrendo uma transformação radical, à vista de todos, tanto na fisionomia quanto na ideologia. Qual é a verdadeira Dilma, a gerentona do governo, que já colocou muitos ministros a chorar depois de discussões, ou a mãe gentil do povo brasileiro? A que coloca o chapéu do MST e diz que não trata dos movimentos sociais na base da polícia, ou a que diz que não convém colocar o chapéu do MST e que não tolerará ilegalidades? A que se orgulha de ter participado da luta armada contra a ditadura e foi saudada por José Dirceu como "minha companheira em armas" ou a que nega ter pegado em armas contra a ditadura? A que classificou de "rudimentar" a proposta do então ministro Antônio Palocci de limitar os gastos do governo, ou a que defende o corte de gastos e tem o mesmo Antônio Palocci como coordenador de sua campanha?

Ilimar Franco:
A necessidade de uma reforma política é recorrente no discurso de todos os partidos. Os presidentes da República falam de sua necessidade, mas nenhum deles assumiu a responsabilidade de levá-la adiante. Nas gestões do presidente Lula, a Câmara esteve próxima de aprovar uma reforma que previa a votação em lista fechada para a Câmara dos Deputados e o financiamento público das campanhas. Se a senhora for eleita presidente da República, pretende trabalhar pela votação de uma reforma política? A senhora é favorável, ou não, ao voto em lista? A senhora é favorável, ou não, ao financiamento
público?

Ricardo Noblat:
Se Lula não a tivesse escolhido para ser candidata à sucessão dele, a senhora cogitava ser candidata a qualquer outra coisa? Caso seja eleita e Lula queira voltar em 2014, a senhora abrirá mão da reeleição?

Jorge Bastos Moreno:
Qual a sua verdadeira posição em relação ao sistema de partilha do pré-sal, já que, como integrante do governo, a senhora não foi tão enfática?

Elio Gaspari:
No campo político a senhora defende a introdução do voto de lista. Vamos ser claros: desde 1946 o eleitor brasileiro votou em candidato para a Câmara dos Deputados, indicando-o nominalmente. Por exemplo: o eleitor quer votar em Dilma Rousseff para deputado e vota em Dilma Rousseff. Como funcionará isso no seu sistema de lista? O eleitor votará no partido, digamos o PTB, presidido por Roberto Jefferson, e qual será a ordem de entrada dos candidatos? A da vontade da direção do PTB ou de qualquer outro partido que organizou a lista?

Zuenir Ventura:
A senhora disse que a oposição está com medo de que uma mulher dê certo na Presidência. A senhora já se considera eleita? Não é cedo para cantar vitória?

Verissimo:
Se eleita, qual será o seu primeiro gesto, aquele ato de impacto que costuma inaugurar governos? Ou não haverá nada disso?

Chico Caruso:
Como pretende conviver com caricaturas e caricaturistas, se for eleita?

Míriam Leitão:
O governo tem banalizado o crime de quebra de sigilo fiscal dos líderes da oposição e familiares do candidato José Serra com frases espantosas. O ministro da Fazenda disse que vazamentos sempre acontecem; o presidente Lula perguntou num comício "cadê esse tal de sigilo?"; a senhora declarou que falar disso é desespero e jogo eleitoral da oposição. Tente imaginar a situação inversa: os dados da sua filha sendo espionados no órgão que deve zelar pela proteção constitucional do sigilo. O que a senhora sentiria? A senhora considera normal que órgãos do Estado sejam usados para espionar adversários políticos?

Flávia Oliveira:
Uma das primeiras medidas do governo Lula na área econômica foi a elevação dos juros básicos para controlar uma inflação crescente em 2002/2003. O resultado foi um primeiro ano de governo com PIB estagnado. Que medidas fiscais e monetárias a senhora pretende adotar no início do seu mandato para manter o Brasil com crescimento econômico e baixa inflação?

Fernando Calazans:
A senhora disse que, se eleita, estenderia a mão para os adversários. A mão ainda pode ser estendida? É possível ou impossível um entendimento, no governo, com o PSDB? Por quê?

Artur Xexéo:
Uma das áreas mais polêmicas do atual governo, a administrada pelo Ministério da Cultura, não recebeu até agora uma só menção no seu programa do horário eleitoral. Caso ganhe as eleições, quais são as suas prioridades na área da cultura?

Joaquim Ferreira dos Santos:
O presidente Lula praticamente não esteve presente a eventos de cultura, como uma peça de teatro, um concerto de clássicos ou música popular. A senhora também não tem sido vista em plateias de cultura. Qual a sua relação pessoal com os hábitos culturais?

Cora Rónai:
A senhora tem sido apresentada, na sua campanha, como um duplo do presidente Lula, "Lula e Dilma", como se ambos tivessem governado o país juntos ao longo dos últimos anos. Caso venha a ser eleita, a parceria continua? Teremos "Dilma e Lula" no poder?

Arnaldo Jabor:
Se a senhora for eleita, vai seguir a trilha do Lula, mais conciliadora, ou vai dar ouvidos às ordens de petistas de carteirinha como Dirceu, Berzoini e outros?

Arnaldo Bloch:
O maestro John Neschling disse que teve um encontro com a senhora e ficou impressionado com seu conhecimento das óperas russas, a ponto de cantar árias inteiras. Como a senhora vê, em contrapartida, a situação da cultura brasileira, completamente ausente do debate eleitoral?
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Marcadores: candidata oficial, Dilma Rousseff, medo de debate
sábado, 11 de setembro de 2010
Pesquisas: fiabilidade em jogo
Encarregado do Ibope pediu R$ 1 milhão para fraudar pesquisa, diz senador
Da Agência Senado, 11.09.2010

Meu comentário: a verdade sobre estes institutos de pesquisa de opinião está vindo à tona bem antes do esperado!

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) classificou como "criminoso" e "preocupante" o objeto da denúncia feita pelo senador Papaléo Paes (PSDB-AP). Papaléo afirmou que um encarregado do Ibope teria oferecido a manipulação do resultado das pesquisas ao coordenador de campanha de um dos candidatos ao governo do Amapá. A fraude custaria R$ 1 milhão e abrangeria todas as pesquisas até o segundo turno. A oferta foi gravada.

"O senador Papaléo Paes ligou para o Dr. Montenegro, que é o dono do Ibope. O Dr. Montenegro disse que era uma empresa terceirizada que eles contratavam em Belém para fazer a pesquisa no Amapá. Essas pesquisas agora começam a me deixar, digamos assim, completamente incrédulo. Ora, se isso acontece no Amapá, o que não estará acontecendo, por exemplo, em Roraima?", questionou Morazildo, na última quinta-feira, dia 2, da tribuna do Senado.

O senador observou que em Roraima o Ibope também apresentou pesquisas "um pouco preocupantes". Ele lembrou que na campanha eleitoral de 2006, as pesquisas do Ibope sempre apresentavam sua adversária na frente. Somente às vésperas da eleição, ela apresentou uma leve vantagem sobre Mozarildo, que venceu a eleição com 13% de vantagem.

Mozarildo disse que chegou à conclusão de que a pesquisa de Roraima é manipulada, pois, de repente, o atual governador, que sempre esteve atrás nas pesquisas, apareceu na penúltima pesquisa com empate numérico (41% a 41%) e na pesquisa mais recente, já aparece com 6 pontos à frente do adversário. Ele fez um apelo a Montenegro que dê explicações sobre o caso, porque as pesquisas têm uma influência muito grande sobre o eleitor indeciso.

O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) disse que na Paraíba não é diferente. Para ele, o problema está na terceirização porque não existe co-responsabilidade e as discrepâncias só aumentam. Ele defendeu o aprimoramento da veracidade dos institutos de pesquisa. O senador Augusto Botelho (sem partido-RR) lembrou que, durante a campanha eleitoral, os seus eleitores reclamaram que o seu nome não aparecia nos formulários dos pesquisadores do Ibope.

Vespeiro
Mozarildo também reiterou denúncias feitas sobre o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, em relação a estradas, dívidas e o uso irregular do avião do governo do estado. Segundo o senador, o governador estaria utilizando o avião para viagens particulares de lazer. Ele disse que, nos próximos dias, apresentará uma lista completa dos vôos realizados pelo governador, fornecida pela Infraero, e pedirá uma investigação.

"O nosso estado está se transformando nesse esquema em que uma quadrilha quer dominar tudo, a política, alguns setores de empresas e, ao mesmo tempo, ameaçar quem ouse se contrapuser a ele. Coincidentemente, ontem o meu escritório recebeu dois telefonemas de pessoas, que não se identificaram, dizendo que eu me cuidasse, porque eu estava mexendo em um vespeiro", assinalou.

O senador solicitou ao Senado que lhe fornecesse o serviço de segurança durante a campanha eleitoral em Roraima.
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Marcadores: fraude eleitoral, pesquisas eleitorais
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Ilegalidades eleitorais: dinheiro publico na campanha da candidata oficial
Em qualquer país normal, esse tipo de imoralidade e de crime eleitoral já teria sido sancionado pela legislação e pelos órgãos de controle.

Mundo em Português
Dinheiro público paga apoio a Dilma
Domingos Grilo Serrinha, Correspondente Brasil
Correio da Manhã, 06 Setembro 2010

O dinheiro dos contribuintes brasileiros está a ser indirectamente usado no apoio à candidata governamental à sucessão de Lula, Dilma Rousseff. Ministros, assessores e funcionários do governo, além do próprio Lula da Silva, têm feito combinar a sua agenda de deslocações oficiais com a agenda de campanha de Dilma, para reforçarem o apoio à candidata em vários estados e municípios.

Só o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já fez mais de 40 viagens em três meses, visitando várias regiões do Brasil na mesma altura em que Dilma ali faria comícios ou visitas. Para dar um aspecto de legalidade a essas deslocações, já que a lei eleitoral não permite o uso da máquina e do dinheiro público na campanha eleitoral, a estratégia tem sido usar reuniões ou acções ligadas ao PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, e ao CDES, Conselho de Desenvolvimento Económico e Social.

Com estes pretextos, Padilha e outros ministros viajam de cidade em cidade, reunindo-se com autarcas, empresários e outras forças locais, realçando as obras feitas pelo governo Lula na região e discutindo uma agenda de novas obras e benefícios a serem implementados pelo futuro governo, supostamente comandado por Dilma, que lidera as sondagens com larga vantagem. Como se trata de deslocações oficiais, tudo isto é pago com verbas do erário público, ou seja, do contribuinte.

Segundo o ‘Globo’, a coordenação das viagens dos ministros de acordo com a agenda de Dilma é feita por uma equipa instalada no quarto andar do Palácio do Planalto, a sede da presidência, em Brasília. Mesmo com a preocupação de dar um aspecto legal a essas viagens, o próprio Padilha tem dado umas "escorregadelas", informando no seu Twitter durante deslocações oficiais que aproveitou a viagem para se encontrar com políticos que apoiam Dilma.
Postado por Paulo R. de Almeida às 15:30 0 comentários
Marcadores: crimes politicos, ilegalidades eleitorais
O grande coronel da politica brasileira
O MAIOR CORONEL DA HISTÓRIA DO BRASIL
Gustavo Bezerra (link)


Nem José Sarney. Nem Antônio Carlos Magalhães. Nem Odorico Paraguaçu. O maior coronel da política brasileira em todos os tempos chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.

Nenhum outro político encarnou tão perfeitamente as velhas práticas mandonistas dos grotões.

Lula daria farto material para vários livros de Jorge Amado e de Dias Gomes. Ele transformou o coronelismo, que muitos achavam desaparecido, numa forma de arte, uma verdadeira instituição nacional.

Perto de Lula, os antigos oligarcas são meros chefetes de província, simples amadores. Mais que isso: são exemplos de moralidade e espírito republicano.

Assim como os velhos senhores de baraço e cutelo, Lula se gaba de ser popular. E, assim como aqueles, ele baseia sua popularidade numa vasta rede de assistencialismo e numa dedicada clientela, que se sente cada vez mais devedora e se torna cada vez mais estadodependente. Só que em escala federal.

De certa forma, voltamos à República Velha.

Sob Lula e o PT, as práticas coronelísticas foram ampliadas, atingindo um patamar muito mais elevado de sofisticação. Os coronéis dos grotões tinham/têm como principal arma eleitoral cestas básicas e dentaduras. Lula e o PT têm o Bolsa-Família, a reedição do voto de cabresto.

Não é por acaso que Luiz Inácio se sente tão à vontade ao lado de figuras como Fernando Collor, Sarney e Jader Barbalho, que antes deplorava e cujo palanque hoje partilha sem o menor constrangimento.

É que uma prática comum entre os maiorais do sertão é a troca de farpas, ou tiros, para depois se reconciliarem e partilharem o poder, numa grande e alegre festa regada a muito forró, cachaça e buchada de bode.

À semelhança dos coronéis do interior, Lula também possui à sua disposição um exército leal de jagunços (ou melhor, de devotos).

Com a diferença de que estes últimos raramente usam armas de fogo. Em vez do bacamarte e da peixeira, suas armas são os mensalões e dossiês fabricados para intimidar adversários.

Assim como os coronéis de outrora mandavam espancar inimigos e empastelar jornais que lhes denunciavam os desmandos, Lula manda seus cabras violarem os sigilos bancários de seus opositores ou maneja a lei para tentar impor malandramente a censura à imprensa, contando, para isso, com o apoio ou a "neutralidade" de jornalistas amestrados.

Se dependesse dos bate-paus do lulo-petismo, o Brasil seria sua fazenda, digo, seu sindicato.

"Deixo em suas mãos o meu povo", é o refrão da música de campanha da petista Dilma Rousseff, a criatura eleitoral de Lula, à Presidência da República (fabricar sucessores é outra característica do coronelismo). A frase é quase cândida em seu elogio desbragado do atraso.

Passa a idéia, de forma inconfundível, de que o povo é propriedade de alguém, no caso, Lula, tanto que ele está agora "deixando" o povo de herança para Dilma, como se deixa em testamento um rebanho de bois ou de bodes.

"Meu povo", aliás, é um interjeição comum aos mandões locais, significando exatamente isso: o povo é dele, literalmente lhe pertence, como suas esporas e seu chicote. E ai do atrevido que tiver o topete de ameaçar-lhe a autoridade ou de empanar-lhe o brilho!

Em outras épocas, o coronel local dizia a "seu" povo em quem ele deveria votar - geralmente, um parente ou amigo. "Vote em Chiquinho da Farmácia: ele é amigo do coronel Totonho". E assim se perpetuava o sistema, com a eleição de testas-de-ferro e nulidades. Hoje, a campanha eleitoral do PT diz: "Vote em Dilma: ela é amiga de Lula".

O nome disso, em bom português, era (é) curral eleitoral. Hoje, o Brasil é um imenso curral eleitoral do lulo-petismo. Dilma é o Chiquinho da Farmácia do coronel Totonho-Lula.

Uma coisa, porém, separa Lula, o megacoronel de hoje, dos provincianos coronéis de antanho: ao contrário destes, Lula não tem diante de si uma oposição de verdade, intransigente e aguerrida. O que há, em vez disso, é um bando de socialites e galinhas-mortas, mais preocupado em posar de bons-moços e em não assustar o eleitorado do que em chamar as coisas pelo nome.

Quando um deles foge à regra, como fez Indio da Costa, é apenas para ser quase linchado pela "tática do medo" e pelo "erro eleitoral". É que jogam no mesmo time ideológico do adversário, daí sua relutância em mirar em Lula: tendo participado também da construção do mito em torno de sua figura, e inclusive fornecido os instrumentos que lhe permitiram chegar aonde está, têm medo de que o tiro ricocheteie e os atinja. Só lhes resta tentar encostar em sua imagem, numa clara confissão de culpa.

Se Dilma Rousseff for eleita presidente da República, como parecem indicar as pesquisas, essa tradição coronelística da política brasileira, preservada e ampliada por Lula, será coroada.

Dilma, aliás, parece reproduzir em tudo o figurino de manda-chuva do sertão, no que segue fielmente, caninamente, os passos do mestre.

Quando não está declarando seu amor a outros caudilhos como Fidel Castro e Hugo Chávez, ou se comparando a Jesus Cristo e a Tiradentes (com desvantagem para estes, claro), sinhozinho Lula gosta de se apresentar como o "pai do povo". Dilma, por tabela, é a "mãe do povo". É outro traço, o paternalismo, inegavelmente coronelístico do lulo-petismo. Desse matrimônio está prestes a ser parida a maior fraude política da História brasileira.
Postado por Paulo R. de Almeida às 15:07 1 comentários
Marcadores: coronelismo politico, corrupcao
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* Política * Literatura * Entrevistas * Artigos Busca em todo o site Buscar 27 de agosto de 2010 às 20h56min Ibope: famiglia Sarney


Caso a fonte que acaba de falar comigo não esteja equivocada, mais uma vez vai ser confirmada a manipulação de pesquisas pela famiglia Sarney.

Publiquei aqui, o leitor pode confirmar em post mais abaixo e em outro de ontem, que a famiglia Sarney morre de medo de um segundo turno com o candidato Flávio Dino.

Mostrei, por exemplo, que nenhum candidato que diz estar em primeiro lugar disparado em pesquisas parte para o ataque a quem se encontra em longínquo segundo lugar. Foi o que fez Roszeana Sarney no horário eleitoral. Partiu para atacar Jackson Lago, justo ela que Duda Mendonça tenta mostrar como a Lulinha paz e amor de saia.

Por quê, questionei?

Em primeiro lugar, em conversa com um deputado da coligação da filha do coronel Sarney, tive a confirmação: “Claro que eles sabem que vai ter segundo turno”.

E o deputado esclareceu:

- Eles não querem o segundo turno com Flávio Dino.

Escrevi, então, que na teoria deles – embora falte combinar com o eleitor – Jackson Lago perde no segundo turno, porque embora tenha o que mostrar, também tem o que ser contestado. Com Flávio, não. Nunca esteve à frente do Executivo , depois de juiz federal, foi ser deputado federal e sempre entre os quatro melhores do Brasil. Dizer o quê? Além do mais, Dino carrega a forte imagem do novo e da mudança.

Também em post mais abaixo, mostrei a conversa com representantes da coordenação dos dois mais competitivos oposicionistas. O da coordenação de Flávio Dino questionou: “Será que desta vez eles não vão manipular os dados do Ibope, que sempre manipularam?”

Pois bem, acabo de falar com um amigo jornalista. Diz-me ele: “Roseana está disparada”. Perguntei-lhe: “São dados da pesquisa Ibope?” E ele confirmou e me deu os seguintes dados:

Roseana Sarney: 47%

Jackson Lago: 25%

Flávio Dino: 13%

E só o candidato Marcos Silva pontua entre os nanicos com 1%.

Se o meu amigo jornalista não estiver errado, aí estão mentiras insanáveis. Vamos a elas.

Nas pesquisas registradas, Roseana Sarney tem aparecido com 50% e 49%. Jackson Lago com os 25%, que todos sabem que ele tem cristalizados, e Flávio Dino com a média de 17%.

Se ela caiu três pontos percentuais, esses pontos foram para um outro candidato. Pelo Ibope, conforme o que me repassou o amigo, não foram para ninguém, se perderam no espaço. Pior: Flávio Dino que veio de 12%, passou para 16%, foi para 17% e apareceu na última vez com 18%, caiu para 13%. Qualquer marqueteiro de beira de esquina perguntaria: por quê? É verdade, não houve um fato que abalasse a candidatura de Dino, então por que ele perderia pontos? Só a famiglia que já criou um morto na eleição de 1994, que depois descobriu-se vivíssimo, pode explicar.

Como disse uma vez o ex-Ricardo Murad, Roseana Sarney é uma farsa. E uma vez farsa, sempre farsa.

P.S: Ao se confirmarem os números do Ibope repassados ao blog pelo amigo jornalista, deixo a palavra com o jornalista Luís Cardoso. Ele foi entrevistado para a pesquisa Ibope, o entrevistador disse-lhe que a rejeição a Roseana Sarney era grande e que em São Luís ele e os entrevistadores com quem falava sabiam que Flávio Dino em São Luís estava disparado. Pedi a Cardoso que retirasse o post, porque o entrevistador não podia ter esse tipo de conversa com o entrevistado, no que fui prontamente atendido. Mais um detalhe: em conversa na quarta-feira com o responsável pela propaganda de Jackson Lago, disse-lhe: hoje Roseana Sarney não tem mais que 47%. Disse-lhe que Jackson devia ter os 25% já cristalizados e que Dino já teria passado dos 20%. Acertei os números de Roseana e de Jackson, a famiglia Sarney precisa explicar a queda improvável de Flávio Dino.;